quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Manifesto Verde

*Por Eriberto Back


Os “meninos” da escola da Saraí, na lagoa e nos morros da Glória e Teresópolis –futuro parque da cidade.




É a Saraí da Vila e o Villa-Verde do PT.
Se você não sabe eu vou dizer porque!...

O Adão Villaverde é do PT das origens que começou a se perder, ainda no governo Olívio prefeito quando se fez o asfalto necessário, mas não se realizou o sonho do prefeito: a Agro-Vila que é a Vila-Verde.
É o velho sonho do cinturão verde no entorno das cidades. Um lugar de encontro do povo verde que vem do êxodo rural com o nosso povo com saudade do verde que vive nos becos estreitos das nossas vilas.
É uma reforma agrária viável, necessária para fazer a reforma urbana.
Eu estou com o Villaverde porque será nosso parceiro no trabalho de
 cobrir de verde as nossas montanhas, a começar por um
grande parque da cidade nos morros da Glória e Teresópolis.
A Saraí veio da Vila para se engajar na luta pelos quilombos rurais e urbanos.
E o Quilombo dos Alpes será o principal parceiro e coordenador de nosso futuro parque com sua escola agrícola-ambiental para os nossos meninos e meninas de rua ou em situação de rua.
Ninguém melhor que ela para puxar a frente desta luta pois ela veio de uma vila muito pobre e se tornou nossa melhor conselheira tutelar.
Em vez de abrigar as crianças nas FEBENs levava para casa onde fez um ensaio de uma escola agrícola informal.
Todos os dias, antes de ir para a escola, as crianças iam para o
“palácio das cabras” e vinham com dois baldes de leite, que eram armazenados em garrafas pet e congelados à espera de crianças doentes.
Nunca se vendeu um litro sequer do leite das cabras pois não se poderia vender uma dádiva divina.
Seu mandato pode se comprometer com a escola-ambiental no quilombo pois já fez um mini-quilombo, uma pequena vila-verde em sua própria casa.

Não deixem a POLÍTICA para os “políticos”.
Nosso Brasil só ficará melhor quando os cidadãos e cidadãs comuns fizerem política e os políticos se comportarem como cidadãos comuns.

O Olívio Dutra sempre se comportou como um cidadão comum.
 Mas isso não basta. Sem a fiscalização e a participação dos cidadãos (ãs) pode se tornar prisioneiro do protocolo e da burocracia palaciana.
Por isso a Saraí e seus companheiros e companheiras da comunidade livre do rio dos seixos livres sempre marcaram de cima os nossos governos da mesma maneira que marcavam os outros.

Mas foi no governo Olívio, nosso amigo e companheiro, que foi feita a maior ocupação da prefeitura para fazer as obras do “orçamento participativo” andarem e exigindo para isso uma “gestão participativa”.

E foi no governo Olívio governador que foi feita a mais incrível ocupação do Palácio Piratini com mais de 500 crianças e adolescentes. É claro que contamos com a colaboração da primeira dama Judite Dutra. Na foto ela e a vereadora Saraí na concentração das crianças no 
Galpão Crioulo do Palácio.

Era só para entregar um manifesto. Mas a burocracia tentava de todas as maneiras impedir a chegada das crianças ao Salão Negrinho do Pastoreio. E as crianças começaram a se impacientar e começou um grito que estremeceu o Palácio: “Olívio, cadê você, eu vim aqui só pra te ver”.
E a Judite disse: “vamos até a porta da saída e quando pensarem que vamos embora, subimos a escadaria”... E começou a marcha com ela e a Saraí na frente, e um coral de mais de 500 goelinhas repetindo o grito que só parou quando entraram no Salão Negrinho do Pastoreio e o governador veio receber. “Mas é o Olívio mesmo”... diziam comovidas as crianças.

E Saraí leu o manifesto.


E o governador: “Venham sempre. Eu preciso de vocês aqui”!

back.riodosseixos@hotmail.com

Um lembrete da Saraí para o povo das vilas de onde veio:
“Não deixem os projetos com eles. Farão tudo ao contrário”...
Façam como fizemos com a Vila Ipê-Barracão. Primeiro conquistamos a terra. Depois removemos as famílias para casas previamente construídas. Só depois  fizemos a Avenida Tronco em frente ao Postão e a Orfanotrófio para a entrada dos ônibus, melhorando a vida das famílias que saíram e o saneamento das vilas que ficaram.







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